Vejam este excelente texto do Policarpo Jr - RockRiders.com.br sobre a alimentação em longas viagens de moto. Muito bom!
Os conselhos abaixo podem ser utilizados por todos, mas aplicam-se especialmente quando viajamos por longas distâncias por vários dias seguidos na estrada.
Uma coisa é realizar um passeio "gastronômico", tipo um bate volta para alguma cidade próxima e logo estar de volta em casa no final da tarde. Ou ir a um encontro de motociclistas e se empanturrar de tanto comer carne. Tranquilo, se você julgar adequado, pode se esbanjar em situações como essa, já que se passar mal, está pertinho de casa, conseguirá facilmente resolver seu problema.
A outra, bem diferente, é passar vários dias, semanas ou até mesmo meses fora de casa, cruzando regiões longe do próprio país, nesses últimos casos precisamos ter mais cuidados com a alimentação.
Esse texto não visa ser um guia contendo os melhores alimentos ou mesmo para te sugerir um "cardápio diário saudável para sua longa viagem". É apenas para levantar a importância de se preocupar com uma alimentação adequada durante uma longa viagem. Se possível, informe-se mais buscando outras informações a respeito. No mais, não tem muitos mistérios, basta usar do seu bom senso.
A alimentação incorreta pode ser um dos nossos maiores inimigos durante uma longa viagem, um problema alimentar pode interromper a viagem. Isso inclusive já aconteceu comigo, no norte do Peru, após comer "camarão", que depois descobri que estava estragado e tive que ficar por quase uma semana na cama de um hotel. Foi depois disso que comecei a dar mais atenção ao que comer durante uma longa viagem.
Existe um conceito não muito confiável de que a alimentação em viagem deve ser sempre leve. Correto até certo ponto. Um motociclista em viagem, tem grandes perdas de sais minerais, água e outros componentes vitais ao funcionamento orgânico, que precisam de reposição constante.
Líquido sempre em quantidade, porém, não confundir, pois a referência feita é água. Água pura apenas, sem adicionamento de limão ou qualquer outra coisa. Qualquer outro líquido irá exigir dos rins uma filtragem imprópria para a posição da maior parte do tempo de viagem.
Legumes também são saudáveis de preferência consumidos cozidos ou in natura, nesse último caso é preciso de atenção a sua limpeza. Já as verduras, há que se tomar alguns cuidados. Grande parte das verduras possuem propriedades que podem ocasionar problemas em uma viagem. Por exemplo, a nossa conhecida alface, tem em sua composição a lactucina, que é um indutor do sono. Dependendo do consumo e do trecho a ser percorrido, o consumo da alface poderá induzir a um estado de sonolência.
O ideal é um cardápio variado, evitando-se de forma geral as frituras e gorduras em excesso. Entretanto, convém lembrarmos também, que um outro fator agravante ao risco da pilotagem, é a sensação de fraqueza, e aí entra o outro lado da história. Do hábito alimentar.
Uma pessoa acostumada a alimentos pesados, calóricos, se alterar seu hábito em uma viagem, irá sentir um estado de fraqueza, que poderá ocasionar tonturas, sensação de sono (o organismo busca alternativa para suprir a necessidade de alimentos), dores de cabeças de moderada a intensa, ressecamento da mucosa bucal, etc. Ou seja, torna-se extremamente perigosa a pilotagem.
Não existem dois organismos iguais, portanto, acima de qualquer orientação, não altere de forma radical seu hábito alimentar em uma viagem. Faça isso de forma regular e sequente, no seu dia a dia normal, o ideal é começar alguns dias ou semanas antes de partir para sua longa viagem.
Durante uma longa viagem, dessas que cruzamos alguns países, por exemplo, da América do Sul, precisamos evitar alguns tipos de alimentos, camarões, frutos do mar e gordurosos estão entre eles. É preciso muito cuidado, principalmente em países como a Bolívia, Peru e Equador, onde o manuseio dos alimentos, muitas vezes, não são assim tão bem cuidados. É preferível comer algumas barras de cereais, frutas, do que em beira de estrada nesses países se arriscar com alimentos feitos de formas duvidosas. É preferível comer arroz e frango, do que alimentos mais "elaborados" em locais de estrutura ruim.
Um problema frequente em motociclistas é a hipoglicemia. Andar de moto em alguns casos gera adrenalina e essa queima açúcar. Se não temos açúcar para queimar, o problema pode surgir, gerando até mesmo uma perda momentânea da consciência, no caso de estar pilotando uma moto, o seu descontrole, ocasionando um acidente. Barras de cereais e frutas evitam a falta de açúcar no sangue. Se não é diabético(a), comer um chocolate de vez em quando não lhe fará mal.
No caso de você passar mal, além de usar os remédios que deve sempre levar em longas viagens (vide aqui um texto a respeito disso), beba água e se não tiver conseguindo comer nada, vá num supermercado ou mercearia e compre aquelas "papinhas da Nestlé" (para bebês) comercializadas em pequenos frascos de vidro, são dos poucos alimentos que não lhe fará nenhum mal em momentos como "diarreias" por exemplo.
Acima de tudo é imprescindível que o motociclista tome muita água. Água pura natural. Atualmente com tantas inovações em roupas especiais, há uma perda de líquido muito superior as vestimentas tradicionais, e não são raros os casos de desidratação entre motociclistas. Portanto, o cuidado com as roupas apropriadas a época, também é de extrema importância, mas ai já é assunto para outro texto...
Fonte: Texto por Policarpo Jr - RockRiders.com.br
Os conselhos abaixo podem ser utilizados por todos, mas aplicam-se especialmente quando viajamos por longas distâncias por vários dias seguidos na estrada.
Uma coisa é realizar um passeio "gastronômico", tipo um bate volta para alguma cidade próxima e logo estar de volta em casa no final da tarde. Ou ir a um encontro de motociclistas e se empanturrar de tanto comer carne. Tranquilo, se você julgar adequado, pode se esbanjar em situações como essa, já que se passar mal, está pertinho de casa, conseguirá facilmente resolver seu problema.
A outra, bem diferente, é passar vários dias, semanas ou até mesmo meses fora de casa, cruzando regiões longe do próprio país, nesses últimos casos precisamos ter mais cuidados com a alimentação.
Esse texto não visa ser um guia contendo os melhores alimentos ou mesmo para te sugerir um "cardápio diário saudável para sua longa viagem". É apenas para levantar a importância de se preocupar com uma alimentação adequada durante uma longa viagem. Se possível, informe-se mais buscando outras informações a respeito. No mais, não tem muitos mistérios, basta usar do seu bom senso.
A alimentação incorreta pode ser um dos nossos maiores inimigos durante uma longa viagem, um problema alimentar pode interromper a viagem. Isso inclusive já aconteceu comigo, no norte do Peru, após comer "camarão", que depois descobri que estava estragado e tive que ficar por quase uma semana na cama de um hotel. Foi depois disso que comecei a dar mais atenção ao que comer durante uma longa viagem.
Existe um conceito não muito confiável de que a alimentação em viagem deve ser sempre leve. Correto até certo ponto. Um motociclista em viagem, tem grandes perdas de sais minerais, água e outros componentes vitais ao funcionamento orgânico, que precisam de reposição constante.
Líquido sempre em quantidade, porém, não confundir, pois a referência feita é água. Água pura apenas, sem adicionamento de limão ou qualquer outra coisa. Qualquer outro líquido irá exigir dos rins uma filtragem imprópria para a posição da maior parte do tempo de viagem.
Legumes também são saudáveis de preferência consumidos cozidos ou in natura, nesse último caso é preciso de atenção a sua limpeza. Já as verduras, há que se tomar alguns cuidados. Grande parte das verduras possuem propriedades que podem ocasionar problemas em uma viagem. Por exemplo, a nossa conhecida alface, tem em sua composição a lactucina, que é um indutor do sono. Dependendo do consumo e do trecho a ser percorrido, o consumo da alface poderá induzir a um estado de sonolência.
O ideal é um cardápio variado, evitando-se de forma geral as frituras e gorduras em excesso. Entretanto, convém lembrarmos também, que um outro fator agravante ao risco da pilotagem, é a sensação de fraqueza, e aí entra o outro lado da história. Do hábito alimentar.
Uma pessoa acostumada a alimentos pesados, calóricos, se alterar seu hábito em uma viagem, irá sentir um estado de fraqueza, que poderá ocasionar tonturas, sensação de sono (o organismo busca alternativa para suprir a necessidade de alimentos), dores de cabeças de moderada a intensa, ressecamento da mucosa bucal, etc. Ou seja, torna-se extremamente perigosa a pilotagem.
Não existem dois organismos iguais, portanto, acima de qualquer orientação, não altere de forma radical seu hábito alimentar em uma viagem. Faça isso de forma regular e sequente, no seu dia a dia normal, o ideal é começar alguns dias ou semanas antes de partir para sua longa viagem.
Durante uma longa viagem, dessas que cruzamos alguns países, por exemplo, da América do Sul, precisamos evitar alguns tipos de alimentos, camarões, frutos do mar e gordurosos estão entre eles. É preciso muito cuidado, principalmente em países como a Bolívia, Peru e Equador, onde o manuseio dos alimentos, muitas vezes, não são assim tão bem cuidados. É preferível comer algumas barras de cereais, frutas, do que em beira de estrada nesses países se arriscar com alimentos feitos de formas duvidosas. É preferível comer arroz e frango, do que alimentos mais "elaborados" em locais de estrutura ruim.
Um problema frequente em motociclistas é a hipoglicemia. Andar de moto em alguns casos gera adrenalina e essa queima açúcar. Se não temos açúcar para queimar, o problema pode surgir, gerando até mesmo uma perda momentânea da consciência, no caso de estar pilotando uma moto, o seu descontrole, ocasionando um acidente. Barras de cereais e frutas evitam a falta de açúcar no sangue. Se não é diabético(a), comer um chocolate de vez em quando não lhe fará mal.
No caso de você passar mal, além de usar os remédios que deve sempre levar em longas viagens (vide aqui um texto a respeito disso), beba água e se não tiver conseguindo comer nada, vá num supermercado ou mercearia e compre aquelas "papinhas da Nestlé" (para bebês) comercializadas em pequenos frascos de vidro, são dos poucos alimentos que não lhe fará nenhum mal em momentos como "diarreias" por exemplo.
Acima de tudo é imprescindível que o motociclista tome muita água. Água pura natural. Atualmente com tantas inovações em roupas especiais, há uma perda de líquido muito superior as vestimentas tradicionais, e não são raros os casos de desidratação entre motociclistas. Portanto, o cuidado com as roupas apropriadas a época, também é de extrema importância, mas ai já é assunto para outro texto...
Fonte: Texto por Policarpo Jr - RockRiders.com.br
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