quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Viagem para o Chile e Argentina


Uma viagem especial...


Dia 03/10/2011

Saímos de São Paulo com  uma hora de atraso... Mas, para quem está com leveza de espírito e alegria no coração, isto não é problema.  Férias, férias...



No check-in o Luiz encontrou em conhecido do CTA que está indo morar por dois anos na Espanha.(que chic!)
Ele veio para Santiago para se despedir de um tio, antes de ir para  terras de além-mar, Sevilha.
Pegamos o carro, um Spark da GM, nosso companheiro nesta aventura por muitos KM.
Como o apartamento de Paris “pequeno mas ligeiramente confortável.
O rapaz da empresa de aluguel de carros nos deu um susto: ficamos por mais ou menos 20 minutos procurando por ele no Aeroporto de Santiago!
Papelada conferida, fomos direto para a Ruta 5, que nos levaria até Puerto Varas, 1000 KM  mais ou menos.
À esquerda, a Cordilheira dos Andes a nos acompanhar e,  ao longo da estrada , muita,  muita plantação – uva, maçã, arroz e flores.
Uma particularidade nos chamou a atenção: o nacionalismo do chileno é visível nas bandeiras hasteadas em frente às casas,  lojas,  fábricas... e nos outdoors.
“Juntos cosechamos dulzura para el Chile”  nos dizia  um outdoor com propaganda de fertilizante ou produto agrícola;  “Nada me mueve más que unir el pais”, um outro  com propaganda de óleo de caminhão.
Tudo muito lindo. A estrada espetacular, sem qualquer buraquinho.  Imagino fazer este passeio de moto, que maravilha.



Como escurece muito tarde, rodamos mais do que imaginávamos, fomos dormir em Los Angeles. Puxa, não estamos no Chile????
O hotel da primeira noite foi o Avellano, onde também jantamos uma comida muito especial.



Dia 04/10/2011

Logo cedo, após um café delicioso, pé , ops, pneu na estrada novamente, rumo  ao nosso primeiro destino Puerto Varas.
Paramos em Frutillar, uma cidade de origem alemã, que fica a uns 20 km de Puerto Varas. 



Após uma pequena caminhada, almoçamos num restaurante muito lindo com vista para o Osorno.  Este vulcão é lindo principalmente para simetria de suas linhas, ele parece um triângulo com o topo enfeitado de neve. Lembra o Monte Fuji do Japão. Pena que o tempo estava um pouco nublado e caía uma leve garoa.
Comemos uma salada deliciosa e um salmão escandalosamente perfeito, tudo regado a um bom vinho (nacional).
Maravilha!
Logo depois, após uma outra caminhada e muitas fotos, rodamos mais um pouco rumo a Puerto Varas.





Ao chegarmos lá, logo na entrada da cidade, que fica às margens do Lago Lanquehue, avistamos o nosso hotel no alto da colina : Colonos Del Sur.
Demos uma boa caminhada de “reconhecimento” da cidade. Logo, notamos mais uma vez  a influência alemã na região. 





No centro de apoio ao turista, nos informamos sobre os passeios do dia seguinte.
Maravilha!



Dia 05/10/2011

Logo cedo, nos dirigimos para o vulcão, que  fica a uns 60 kms mais ou menos, numa estrada de asfalto e parte de rípio.
Estamos agora em pleno vulcão Osorno. Sua imponência de cima de seus quase 2.700 m de altura nos mostra a grandeza e força de Nosso Senhor.
Muita vontade de escalar e lá de cima, vermos o Lago Lanquehue, a cidade de Frutillar e toda a região em volta.
Só esquecemos de combinar com São Pedro... O tempo está completamente fechado e, neste momento, estamos num restaurante  todo de madeira, no pé do vulcão.
Aguardando...



Encontramos um casal de Salvador, em lua-de-mel, Alan e Lívia, também aguardando o tempo melhorar para podermos subir. Que Deus ilumine o amor e a união deles!
Neste momento, lembrei que eu e Luiz vivemos um grande amor há quase 30 anos.
Estava muuuuito frio e, como estava prometido, levei uma bela bolada de neve, muito caprichosamente feita pelo Xú.



Desistimos de esperar e descemos  a montanha em direção aos Saltos do Petrohue. 



Lagos e quedas d’água de cor verde transparente; águas de degelo das montanhas.
Um espetáculo à parte!



Logo depois, fomos conhecer o lago Todos os Santos, também conhecido como Lago Esmeralda, lógico, por causa da cor maravilhosamente verde esmeralda, transparente.



No retorno, houve algum problema com a roda, ela começou a fazer um barulhinho como se tivesse algo em contato com o disco de freio.
Paramos, demos uma olhadinha e, não encontrando nada aparente, continuamos o nosso retorno.
Demos uma parada para "almojantar" à beira do Lago Lanquehue. Tudo de bom...



Dia 06/10/2011

Logo pela manhã, fomos tentar ver o que tinha ocorrido com a roda do carro.
Resolvemos bem rapidinho lá na loja da GoodYear, só que isto atrasou a nossa saída e somente às 10:00h é que conseguimos sair em direção à Bariloche.  Acabou sendo uma pequena pedra que se acomodou no disco de freio ao percorrermos a estrada de rípio.
Nos  dirigimos até a  cidade de Osorno e lá pegamos a Rute 215, em direção ao parque do vulcão Puyehue, Villa La Angostura e Bariloche.
Estávamos um pouco apreensivos, pois este vulcão entrou em erupção no dia 4 de junho.
É tudo muito lindo, cheio de neve ao longo da estrada. Pena que a neve não está branquinha, tudo está  coberto pela cinza do vulcão. 



Continuamos na travessia dos Andes: é um espetáculo à parte. Neve, neve e neve. Frio, frio e muito frio. O que nos causou muita tristeza foi ver toda aquela quantidade de cinzas sobre a neve, os pinheiros e os telhados das casas.
Imagino o desespero e o prejuízo de todos que moram aqui.
Graças a Deus, a natureza e o esforço do todas aquelas pessoas vão deixar tudo em ordem novamente.
É literalmente o “renascer das cinzas”!




Paramos em Villa La Angostura, uma cidade turística linda, que está completamente afetada pela cinza.  Cruzamos na estrada com diversos caminhões caçamba, carregados  com   cinza, limpando a cidade.
Em Villa La Angostura, paramos para almoçar e de lá conversamos com o Lipe que está de bigode a La Shaolin.
O pai falou que ele tem que comer muito feijão para ficar com o El Bigodon!!!!
Chegamos em Bariloche, após passarmos pela fronteira, sem qualquer problema.
Nos instalamos num hotel  bem no centro da cidade, perto de tudo.
Bem quentinho e silencioso.



Dia  07/10/11

Subida ao Cerro Campanário
Programamos a subida para ser pela manhã, pois havíamos comprado os ingressos do passeio de barco para a parte da tarde. Tínhamos que estar no porto às 13:30h em ponto!
Fomos de carro até o local do teleférico e a Sândala foi comprar os tickets enquanto eu ficava na fila. O engraçado é que a fila para o teleférico estava muito grande, tinha muitos ônibus de turismo lá, e eu fiquei como último da fila o tempo todo. Tive que aguentar a gozação de que não adiantava nada ter ficado ali!
A subida é rápida e a vista maravilhosa. O dia estava lindo e conseguíamos visualizar a cidade, as montanhas nevadas e o Lago Nahuel Huapi onde, em breve, estaríamos passeando.....





Depois de muitas fotos e curtição, descemos o Cerro Campanário e resolvemos passear de carro pela região.



Nahuel Huapi é um lago argentino de origem glacial com 550 km² situado a cerca de 700 metros acima do nível do mar a pouca distância da fronteira com o Chile. É compartilhado pelas províncias argentinas de Rio Negro e Neuquén e é margeado pelo Parque Nacional Nahuel Huapi. Às suas margens foi fundada em 1895 a famosa cidade de San Carlos de Bariloche.
Durante o passeio de carro, avistamos cinco motos com placa do Brasil. Paramos para bater papo e soubemos que tinham vindo do Rio Grande do Sul e que também iriam realizar o passeio de barco. Legal, pois teríamos uma boa companhia durante o passeio!



O lago Nahuel Huapi é lindo, com águas transparentes e o barco passa bem perto das montanhas nevadas. Isso é tudo de bom e não há melhor companhia do que a minha amada para esse passeio!



Durante o passeio, demos uma parada na Isla Victoria para caminhar por um Bosque de Arrayanes, árvores que dominam os 31 km² dessa bela ilha.




À noite, fomos saborear um bom vinho e esquentar o corpo com uma sopa de cogumelos.




Dia  08/10/11

Acordamos cedo e, logo depois do desayuno, já com as malas no carro, fomos pegar as roupas que alugamos para a ida ao Cerro Catedral. Subimos os dois lances do teleférico, chegando até o cume com 2.050m de altitude.
Muitas pessoas esquiando e um frio de matar. Ficamos retirando as pesadas luvas para bater fotos e ficamos com as mãos congelando. A sorte é que existe um restaurante em seu topo que é climatizado e você fica ainda melhor depois de um bom chocolate quente!





A vista é linda e melhor ainda é estar andando na neve com quem você ama e vendo aquela linda paisagem enquanto neva! Isso é tudo de bom!







Após a descida, devolvemos as roupas alugada e partimos em direção a Mendonça. 



Dessa vez, decidimos conhecer seguir para o norte, pela ruta 40. A paisagem é extremamente bela, tendo os Andes sempre à nossa esquerda.




Depois de rodar 370 km, chegamos em Zapala e fomos informados que com o nosso carro não seria seguro continuar pela ruta 40, pois o rípio possuía pedras muito grandes e poderiam danificar a parte de baixo do Spark. Desviamos a nossa viagem por Neuquém e acabamos pernoitando na cidade de Anielo já no início da noite.
Jantamos, no próprio hotel, um bom bife regado a um vinho local, que confesso ter sido o melhor da nossa viagem...



Dia  09 e 10/10/11

Depois do café, partimos em direção a Mendonça.  Foram 800 km de muitas retas e mesmo correndo, acabava sendo um dos mais lentos na estrada. Esses argentinos têm pé pesado.



Depois de nos hospedarmos, fomos conhecer um pouco da cidade e jantar. Mendoza é uma cidade muito arborizada e que possui uma boa infraestrutura para dar conforto aos turistas.



No dia seguinte, tivemos que trocar de hotel, pois o nosso era muito barulhento. Antes disso, fomos conhecer algumas vinícolas e uma fábrica de azeite. Foi um passeio lindo, principalmente por ver tantas oliveiras e toda a técnica de extração dos diversos tipos de azeite.






Na linda Praça Independência, em pleno coração de Mendoza, pegamos um ônibus conversível (o teto tinha sido cortado!) e fomos fazer um tour pela cidade, com direito de conhecer a Plaza Espanha e o Parque General San Martin, que fica bem pertinho do centro da cidade e é o local onde as famílias se reúnem nos finais de semana. Tem até um zoológico dentro do parque.









Dia  11/10/11

Nesse dia, o nosso destino era Santiago. Tinham nos dito para reservar um dia inteiro para fazer essa travessia dos Andes de apenas 360 km. Ainda bem que  seguimos  esse conselho.
A estrada é linda e ver as cores das montanhas nevadas é inebriante.



Paramos várias vezes para fotos e até para alimentar uma pequena raposa que se aproximou do carro na estrada.



Com 200 km rodados estávamos em uma das partes mais altas da estrada, em pleno Parque do Aconcágua com o seu imponente pico de 6.962m. Estar ali contemplando essa imensidão de montanha não tem preço. Estávamos anestesiados por essa magia e mal sentíamos o forte vento gelado do local.







Fomos muito bem recebidos na alfândega e partimos em direçao a  uma estação de esqui,  logo após entrar no Chile. A neve ainda estava presente em volta do Hotel Portillo Ski Resort, com parte do seu lago congelado. Tudo muito bonito!







Continuamos na estrada para conhecer os famosos Los Caracoles, com as suas mais de 28 curvas. São tantas e tão próximas, que elas são numeradas. Uma experiência incrível!






Chegamos a Santiago, já no final da tarde, e nos hospedamos em um Apart Hotel na esquina da 11 de setembro com a Pedro de Valdívia. Lugar lindo e com uma bela vista para os Andes nevados!






Dia 12/10/2011

Compramos alguns alimentos em um supermercado próximo e tomamos o nosso café da manhã no nosso aconchegante apartamento.
Partimos para conhecer a famosa vinícola Concha Y Toro. Já tínhamos agendado pela internet a visita. Local muito lindo e extremamente organizado. Além de ver todo o processo de fabricação, armazenamento e engarrafamento dos vinhos, ainda tivemos a oportunidade de degustar nobres safras de vinhos daquela vinícola.










À tarde,  fomos  às compras, aproveitando alguns outlets da cidade. Foram boas compras nas lojas da Lee, Nike, Adidas, Apple e muitas outras.



Dia 13/10/2011

Devolvemos o nosso pequeno e aconchegante carrinho e partimos para a vista por alguns pontos turísticos da cidade, deixando para almoçar um bom salmão no mercado municipal. Realmente, embora famoso, o peixe não bateu a qualidade do salmão que comemos em Frutillar no Clube Alemão.











Dia 14/10/2011

É chegada a hora do retorno para a nossa casa, depois de rodar mais de 3.000 km por estradas de excelente qualidade e conhecer lugares de tirar o fôlego. Viajar é tudo de bom e estar em companhia da pessoa amada é muito melhor!