Nesses
últimos anos, eu sempre colocava o óleo MOTUL 3000, 20W50, na minha moto e
nunca parei para entender as especificações desse produto.
No
manual da minha R1200GS, tinha um gráfico muito interessante e útil. Ele faz a
gente pensar sobre o melhor óleo para a nossa moto em função da utilização dela.
Vejam só!
A gente se importa muito com marca de óleo e não se liga para as suas especificações aplicadas às necessidades de se rodar pelo Brasil a fora. Olhando essa tabela, o óleo 15W50 é mais que suficiente, visto que aqui ninguém anda abaixo de -15ºC e dificilmente teremos 50ºC de temperatura, muito embora o Rio de Janeiro esteja, neste verão, bem próximo desse valor!
A gente se importa muito com marca de óleo e não se liga para as suas especificações aplicadas às necessidades de se rodar pelo Brasil a fora. Olhando essa tabela, o óleo 15W50 é mais que suficiente, visto que aqui ninguém anda abaixo de -15ºC e dificilmente teremos 50ºC de temperatura, muito embora o Rio de Janeiro esteja, neste verão, bem próximo desse valor!
Os
óleos lubrificantes são substâncias utilizadas para reduzir o atrito de
funcionamento do motor, lubrificando, limpando e aumentando a sua vida útil.
Para tanto, é extremamente importante entendermos alguns termos que nos
deparamos quando precisamos decidir qual óleo deveremos utilizar nas nossas
máquinas.
Os
óleos lubrificantes podem ser de origem animal ou vegetal (óleos graxos),
derivados de petróleo (óleos minerais) ou produzidos em laboratório (óleos
sintéticos), podendo ainda ser constituído pela mistura de dois ou mais tipos
(óleos compostos).
As
principais características dos óleos lubrificantes são a viscosidade e a
densidade.
A
viscosidade mede a dificuldade com que o óleo escorre (escoa); quanto mais
viscoso for um lubrificante (mais grosso), mais difícil de escorrer, portanto
será maior a sua capacidade de manter-se entre duas peças móveis fazendo a
lubrificação das mesmas.
Densidade
indica o peso de uma certa quantidade de óleo a uma certa temperatura, é
importante para indicar se houve contaminação ou deterioração de um lubrificante.
Para
conferir-lhes certas propriedades especiais ou melhorar alguma já existentes,
porém em grau insuficiente, especialmente quando o lubrificante é submetido às
condições severas de trabalho, são adicionados produtos químicos chamados de aditivos.
Os
principais tipos de aditivos são: antioxidantes, anticorrosivos, anti-ferrugem, antiespumantes, detergente dispersante, melhoradores do Índice
de Viscosidade, agentes de extrema pressão, etc.
Classificações dos Óleos para Motores
Para
facilitar a escolha do lubrificante correto para veículos automotivos várias
são as classificações, sendo as principais a SAE e API.
Classificação SAE:
Estabelecida
pela Sociedade dos Engenheiros Automotivos dos Estados Unidos, classifica os
óleos lubrificantes pela sua viscosidade, que é indicada por um número. Quanto
maior este número, mais viscoso é o lubrificante e são divididos em três
categorias:
Óleos
de Verão: SAE 20, 30, 40, 50, 60
Óleos
de Inverno: SAE 0W, 5W, 10W, 15W, 20W, 25W
Óleos multi-viscosos (inverno e verão): SAE 15W40, 20W50, 15W50, 5W40, etc.
Obs:
a letra “W” vem do inglês “winter” que significa inverno.
Graus
menores suportam baixas temperaturas sem se solidificar ou prejudicar a
"bombeabilidade" do motor. Um óleo do tipo mono grau (SAE 90) só pode ser classificado em
um tipo escala. Já um óleo multi grau (SAE 15W50) se comporta a baixa
temperatura como um óleo 15W, reduzindo o desgaste na partida do motor ainda
frio, e, em alta temperatura, se comporta como um óleo SAE 50, tendo uma ampla
faixa de utilização (de -15ºC até 50ºC).
Classificação API:
Desenvolvida
pelo Instituto Americano do Petróleo, também dos Estados Unidos, baseia-se em
níveis de desempenho dos óleos lubrificantes, isto é, no tipo de serviço a que
a máquina estará sujeita. São classificados por duas letras, a primeira indica
basicamente tipo de combustível do motor e a segunda o tipo de serviço.
Para
motores de veículos leves (Ciclo Otto) o “S” de Service Station (Postos de
Serviço, Garagem) ou Spark (Faísca / Centelha), e a outra letra define o
desempenho.
O
óleo SJ é superior ao SH, isto é, o SJ passa em todos os testes que o óleo SH
passa, e em outros que o SH não passa. O Óleo SH, por sua vez, é superior ao
SG, assim sucessivamente.
O
Instituto Americano do Petróleo (API) estabelece estes parâmetros de
desempenho, através de uma sequência de testes complexos e específicos, de
acordo com metodologias padronizadas pela ASTM (American Society for Testing
and Materials).
Veja a abrangência da proteção do seu motor para cada tipo de classificação API no gráfico abaixo. Quanto maior a segunda letra, maior será o desempenho do óleo do seu motor.
Veja a abrangência da proteção do seu motor para cada tipo de classificação API no gráfico abaixo. Quanto maior a segunda letra, maior será o desempenho do óleo do seu motor.
As
recomendações dos fabricantes em relação aos intervalos para mudar o óleo
baseiam-se em condições extremas de condução. Estas condições nem
sempre correspondem às viagens longas em autoestrada. Quanto
mais curtas forem as viagens, menor deve ser o tempo entre cada
troca de óleo. Viagens curtas (inferiores a 15 Km), conduzir em estradas
com muita areia ou poeira, ar frio que impeça o motor de aquecer totalmente até
alcançar uma temperatura normal de funcionamento, ou se o motor
trabalhar em condições severas (altos giros de funcionamento por períodos prolongados), são fatores que provocam a degradação do óleo.
Estatísticas mostram que a maioria dos motociclistas que utilizam seus veículos, nas cidades, enquadram-se em uma dessas condições acima, requerendo trocas de óleo do motor com intervalos menores.
Estatísticas mostram que a maioria dos motociclistas que utilizam seus veículos, nas cidades, enquadram-se em uma dessas condições acima, requerendo trocas de óleo do motor com intervalos menores.
Sintético ou Mineral
A
principal diferença entre os dois está na manutenção da estabilidade
da viscosidade do produto. O sintético mantém a estabilidade por mais
tempo do que o mineral, mas há outros fatores relacionados que costumam influir
nessa teoria, como a qualidade da gasolina, por exemplo.
Por
não ser puro (pois a gasolina leva na mistura álcool), o combustível provoca o
aparecimento de substâncias que fazem com que a estabilidade obtida
pelo óleo sintético não seja tão efetiva, diminuindo a capacidade de
lubrificação, o que é grave principalmente em motores de alto desempenho.
O
óleo semi-sintético foi criado para ser um meio termo entre o mineral e o
sintético. Nesses casos, basta seguir as orientações das empresas
fabricantes de motocicletas constantes nos manuais que vem junto com
a moto.
Dica importante:
1
- Nunca misture óleo sintético com mineral, pois algumas marcas de óleo
sintético não se misturam ao mineral. Também não se deve misturar óleos sintéticos com
semi-sintéticos, pois poderá haver incompatibilidade entre aditivos,
ocasionando até mesmo a neutralização de alguma função. No caso de óleos minerais com o mesmo
nível de desempenho e mesmo grau de viscosidade, não há
problema em misturá-los;
2
- Quando se utiliza um lubrificante com nível de desempenho inferior ao
recomendado pelo fabricante do veículo, mesmo reduzindo o período de troca,
pode haver problemas de formação de borra devido ao envelhecimento (oxidação)
precoce do lubrificante, ou comprometimento da função de lubrificação do motor pelo óleo;
3
- Os óleos lubrificantes de qualidade já possuem, de forma balanceada, todos os
aditivos para que seja cumprido o nível de desempenho ao qual foi desenvolvido.
Não há testes padronizados que avaliem o desempenho de mistura de óleos com
aditivos extras. Pode haver incompatibilidade entre o óleo lubrificante e a
aditivação suplementar e a borra é uma consequência deste problema;
4
- Ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, o nível correto de óleo no motor se encontra
entre os dois traços e não só no traço superior. Se o óleo fica abaixo do
mínimo da vareta, o motor pode ser prejudicado por falta de lubrificação.
Se o óleo fica acima do máximo da vareta, haverá aumento de pressão
no cárter, podendo ocorrer vazamento e até ruptura de bielas; e
5
- É importante que se espere pelo menos 5 minutos após o motor ter sido
desligado para se medir o nível do óleo. Isto porque, neste tempo, o óleo vem
descendo das partes mais altas do motor para o cárter e assim podemos ter a
medida real do volume de óleo.
Filtros de Óleo:
O
filtro de óleo tem fundamental importância para manter o óleo limpo e impedir
que resíduos da contaminação (sujeira do ambiente, partículas de desgaste de componentes,
etc.) passem para o motor e venham a causar danos. Ao comprar um filtro de óleo
é importante seguir as instruções dos fabricantes da motocicleta, observando
inclusive o período de substituição deste. As impurezas existentes no óleo e
não retidas no filtro, passam a circular no óleo e provocam rapidamente o
aumento do desgaste de várias peças do motor.
Agora
que você sabe tudo sobre óleos lubrificantes, o motor da sua moto vai respirar
saúde e falar alto sem aparecer aquele barulhinho fora do normal. Lembre-se que
de uma boa lubrificação depende o desempenho, a durabilidade e o bom retorno na
venda de sua moto!
Fontes
de Pesquisa: www.br.com.br /
www.wikipedia.org / www.lubrificantes.net /
www.castrol.com./ www.motonline.com.br.
Muito bom seu blog gostei muito, otimo post!
ResponderExcluirGrato pelo comentário! O meu objetivo é justamente dar algumas informações para os moto turistas e falar de algumas viagens que realizei.
ResponderExcluirotimo post, adorei o blog, parabéns!
ResponderExcluirbom dia, tire uma duvida:
ResponderExcluireu tenho dois óleos de viscosidade diferentes, e são usados para a mesma coisa "suspensão", um é o 20w e o outro 5w, nesse caso eu preciso do 15w, posso misturar os dois óleos para chegar no 15w?
OBS: os dois óleos são para suspensão e são do mesmo fabricante, marca motul fork oli expert 20w e 5w, se tiver uma formula de calculo para achar a porcentagem da quantia da mistura dos óleos me passe se puder, fico no aguardo, desde já obrigado
Uso na suspensão da minha moto o Motul Frok Oil. Sugiro que você utilize o óleo já pronto na viscosidade desejada e evite fazer misturas. Existe, no comércio, o Motul Frok Oil 15w já pronto e com uma qualidade a toda prova! Boa sorte!
ExcluirEste comentário foi removido por um administrador do blog.
ResponderExcluirBom dia a todos. Pigmeu bike conseguiu informação sobre a mistura de óleos para conseguir a viscosidade desejada? Tenho a mesma situação mas queria ter a certeza para não cometer erro. No meu caso queria misturar 5w com 15w do mesmo fabricante para obter 10w. Será que misturar 50% de cada é possível. obrigado
ResponderExcluirSugiro que você utilize o óleo já pronto na viscosidade desejada e evite fazer misturas. Existe, no comércio, o Motul Frok Oil 10w já pronto e com uma qualidade a toda prova! Boa sorte!
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